Queridas Girafas,
«Hoje tive uma tarde bem divertida, a pequena monstrinha (consideremos outra vez que isto é um animal) esteve em minha casa. Não foi uma coisa planeada pensava até que ia passar a tarde a estudar. O meu irmão, convidou um amigo para vir cá a casa por isso achei que, por direito, podia convidar a Bárbara. Almocei e o Cristiano chegou, estava eu ainda a almoçar. Depois chegou a minha aliada, viemos diretas* para o computador.
*ficam já a saber que eu utilizo o novo acordo ortográfico.
Estivemos a teclar, estivemos no facebook(...) coisas de girafas, como sempre. Enquanto estávamos a ver os episódios dos SMOSH» aparecem o meu irmão e o Cristiano, tinham uma nota presa no migalheiro, eu bem que tentei tirá-la com uma caneta para que eles fossem comprar uns gelados ao Malaquias. Não consegui e acabei por lhes dar o meu dinheiro, o meu irmão pagava-me depois. Enquanto eles compravam os tais gelados, a Bárbara teve a brilhante ideia de pegar numa régua e enfiá-la pelo buraco onde se põe o dinheiro (como é que eu não pensei nisto!) acabou por conseguir. Quando os miúdos voltaram, contámos-lhes sobre o grande feito, e o meu irmão em troca do dinheiro que eu lhe tinha emprestado 3.50€ , ele deu-me a nota que nós tinhamos tirado do migalheiro 5€, achei muito simpático da parte dele. Fizemos uma pausa para lanchar umas bolachas "filipinos" com sumo de laranja "fresky". O meu irmão e o Cristiano andavam a brincar com uma pistola, e começaram a atirar as "balas" para nós. Eu feita boa irmã que sou roubei uma "bala" e fugi com ela para o quintal, a bárbara veio ter comigo. O meu irmão consegui tirar-me a "bala" e fechou-nos na parte de fora da casa! Estava a chover, a nossa sorte é que eu tenho terraço. Ficamos lá fora um bom bocado, até que berrei com o meu irmão para ele nos abrir a porta. Ele abriu a porta com a pistola apontada a nós! Nós colaboramos na brincadeira, a verdade é que pareciam ladrões alianisnas. Fomos para ao quarto fechadas, as duas, sem mantimentos e com uma gata, até que o meu irmão abriu a porta, e com um pequeno deslize do Cristiano o meu irmão largou a porta e eu aproveitei-me disto para sair do quarto e lhe saltar para cima, literalmente. Consegui tirar-lhes a pistola e as chaves do quarto, fechei-me lá dentro com a Bárbara, agora quem tinha o comando éramos nós, foi assim toda a tarde... Sair e entrar, feitas girafas infantis.
No fim o meu irmão não parava de mandar bilhetes com mensagens através das aberturas da porta. Sou uma girafa que pensa em vocês, por isso tirei fotos aos bilhetes:
|
por favor abram a porta |
|
preciso mesmo de ir ao quarto |
|
preciso mesmo de ir ao quarto (2) |
|
vá lá por favor abram a porta |
|
eu começo-vos a chatear com música foleira! |
Acabamos por abrir a porta, depois do Cristiano se ter ido embora. Fui levar a pequena monstrinha a casa, quem sabe se amanhã ela vêm outra vez, desde que o meu irmão não nos volte a chatear com música foleira.»
- Quando a Bárbara e eu estávamos a sair de casa, a minha mãe diz (e passo a citar): "A areia da gata cheira mal".